A luta pela liberdade acompanhou vários escritores e jornalistas durante toda a Ditadura portuguesa (1926-1974). Irene Lisboa, autora nascida no concelho de Arruda dos Vinhos, não fica de fora desta luta. Levou-a muito a sério ao longo de toda a sua vida literário e cívica. Já em 1913, no início da 1.ª República, num jornal escolar de sua autoria, depois de ser chamada ao diretor por ser muito ousada nas palavras, Lisboa escreve sem receios: Aconselho as minhas colegas de (...)
Há mulheres que escavaram e continuam a escavar subterrâneos e pagaram e continuam a pagar por isso. Foram muitas que durante a Ditadura do Estado Novo e depois lutaram contra a desigualdade, o preconceito e a falta das liberdades fundamentais inerentes a ser-se humano.A todas as mulheres e, já agora, a todos os homens que ao lado delas lutaram/lutam, aqui fica esta crónica em tom irónico de uma mulher que nos anos 30 e 40 do século XX combateu, ao lado de outras, o preconceito e a (...)
Há 131 anos, no dia de Natal, nasceu Irene Lisboa no Casal da Murzinheira, frequesia de Arranhó, concelho de Arruda dos Vinhos. Felicidade A Fernando Lopes Graça O senhor diretor diz muitas coisas, pobre senhor diretor... Doce, de fronte fugidia e baça. É amável e fala de arte. Ai tanto, ai quanto dinheirinho lhe deu o Estado! Para quê? Para tudo... estética, aparato, arte. E para o senhor diretor falar e enfeitar a (...)
Em cada aurora, um canto ecoa, No silêncio das horas que se entrelaçam. Irene, musa da poesia, a tua pena voa, Como as asas de um pássaro que desliza. Entre palavras que dançam no papel, O teu verso tece a teia do sentir. Na origem da alma, um doce mel, Sintonia as emoções a fluir. Nos caminhos onde o tempo se dissolve, A melodia das tuas estrofes soa. És eco, és memória, és a luz que envolve, A poesia que em mim se entrelaça. Irene, a tua sombra projeta inspiração, Em cada (...)
Hoje, 25 de novembro de 2023, faz 65 anos que Irene Lisboa Morreu. Um dos seus admiradores e amigos foi José Régio. Fica aqui a última carta que o poeta escreveu a Irene, 13 dias antes da morte da autora de Solidão. A ÚLTIMA CARTA DE JOSÉ RÉGIO A IRENE LISBOA1 Portalegre, 13 de novembro de 1958 Minha querida amiga, Não sei (...)
O poema “Canto” foi publicado na revista Litoral, em 1944, sete anos depois da publicação do último livro de poesia Outono havias de vir, latente e triste (1937), assinado com o pseudónimo João Falco. É um poema de amor exultante, de entrega apaixonante, de encontros e desencontros, de desejo e resignação. Vejamos o que diz Jorge de Sena sobre Irene Lisboa e a sua poesia na Revista Litoral: É hoje considerada um dos grandes escritores portugueses, pela originalidade (...)
Hoje, o Externato João Alberto Faria foi agraciado pela Câmara Municipal de Arruda dos Vinhos com esta coleção. Cada livrinho contém um conto de Irene Lisboa, do livro Queres ouvir? Eu conto. Os livrinhos serão entregues aos alunos do 7.º ano. A direção do EJAF e o Grupo de Português agradecem ao Sr. Vereador da Cultura, Dr. Carlos Alves, à Chefe de Unidade, Dr.ª Ana Correia, e ao Bibliotecário, Dr. Paulo Câmara pela oferta. Boas leituras e bom mês Irene Lisboa, por aqui, (...)